Ultimamente tenho tido muita empatia com quem tem algum 'problema' tanto de aprendizagem, ansiedade, depressão ou similares. Quando a gente começa a compreender mais os nossos problemas interiores, passa a entender melhor o que os outros também passam. E com isso, arrumar formas de superar os meus próprios.
De qualquer forma, o ponto não era exatamente esse que eu queria dizer. No documentário, apareceu uma opinião unânime, de que todos os que possuem dislexia só deveriam se esforçar mais e assim se enquadrariam no padrão. Como sempre foi pra mim, - Virgínia, você só tem que tentar mais um pouco, porque assim você não vai ficar nervosa, - Só tente se acalmar, vai passar em um instante, é só você se esforçar. Entre outros...
Todos que possuem alguma diferença, sabem que não é assim que funciona. A gente se esforça, demais, todos os dias. E é como nadar contra uma corrente cada vez mais intensa, turbulenta. E parece que a cada braçada a gente vai sendo cada vez mais engolido pela água, o esforço pra ser 'normal' só faz parecer que estamos mais distante disso.
Cara, demora demais até aceitar que não é algo passageiro, vai ser um parceiro pra vida toda (ansiedade, dislexia, TDAH, etc). E mais ainda pra começar a lidar com isso (acho que é nesse passo que estou). Creio que até descobrir como canalizar isso de uma forma positiva, vai levar mais algum tempo. Mas muitas pessoas conseguem, é só ver o tanto de casos de pessoas bem sucedidas que tem algumas dessas doenças. Acredito que todas essas condições adversas são propícias ao desenvolvimento de novas ideias, novas formas de ver a vida. Então quem consegue passar por tudo isso, tem grandes chances de criar boas coisas. Pelo menos é nisso que eu acredito.
Por hoje é só, pessoal ;)